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Espetáculos

Breve histórico do processo criativo

A partir da ambição de desenvolver um processo criativo a respeito daquilo que nos pertence ou não, o MUMBRA corpomóvel criou o espetáculo Intempéries: Ruminações sobre Pertencer, que estreou em Agosto de 2015 no Teatro Laboratório da USP. Pouco tempo depois, o grupo foi contemplado pelo Edital PROAC Primeiras Obras de Dança com um projeto que propôs a reelaboração do espetáculo no intuito de aprofundar a pesquisa acerca do pertencimento e verticalizar a investigação do hibridismo entre dança e teatro. Dado que outro tema de interesse para grupo é o contato com o público - encara-lo não só como espectador mas também como coadjuvante do processo de criação e construção do tempo e espaço da cena – o projeto propôs e realizou (entre fevereiro e março de 2016) um ciclo intensivo de apresentações e atividades de mediação do espetáculo Intempéries: Ruminações sobre Pertencer em regiões periféricas da cidade de São Paulo. Mobilizado pelas experiências vividas e as provocações geradas pelo encontro com um público tão amplo e diverso, o coletivo pôde refletir e decidiu iniciar um novo processo criativo. No entanto, apesar de partir do mesmo tema poético e estar inevitavelmente influenciado pelo trabalho anterior, as pesquisas e investigações deram origem à um espetáculo radicalmente novo em relação ao primeiro: PÓ estreou em setembro de 2016, com uma temporada dividida entre o CRDSP (Centro de Referência da Dança de São Paulo) e o Espaço Maquinaria (Teatro de Narradores na cidade de São Paulo). Acreditamos que o questionamento a respeito do que pertence a nós e ao mundo não se configura como mero enclave intelecto-existencial, ele se apresenta fisicamente em nossos corpos e por isso merece ser pensado e discutido corporalmente. Assim, instigadas pela criação e recepção do público nas apresentações de Intempéries decidimos apostar ainda mais no corpo como matéria potencial para a investigação do tema, uma vez que é ele quem se apresenta como grande laboratório e memorial acerca da experiência de pertencer. Vê-se no e através do corpo a materialização e a problematização de realidades, histórias e imaginários, inscritos em suas diferentes camadas: pele, carne e osso. Em PÓ questionamos através de movimentos e memórias, com força e fragilidade, o que nos pertence como algo que ficou, se inscreveu e, sobretudo, resta em nossos corpos: Que corpo é esse? Sem contornos, feito de sobras, memórias, atravessamentos, bombardeios e silêncios, que se inscrevem, reconfiguram, perduram, restam e, afinal, nos configuram.

Sinopse

A terra secou, o tempo cedeu.
Entre restos, quatro mulheres dançam no pó suas resistências.
Dão a ver as marcas que atravessam e se inserem nos corpos numa dança incabível e por vezes inadequada, trazendo à tona aquilo que ficou.
Pó aposta no corpo como matéria potencial para a investigação do tema pertencimento.
Carne, pele e osso revelam memórias, realidades individuais e coletivas.
Com quantos restos se faz uma história? Um corpo?
Uma dança? Que corpo resta?

FICHA TÉCNICA

Coordenação, direção e concepção de projeto: 
MUMBRA corpomóvel 
Intérpretes-criadoras: Aline Alves, Isis Marks, Letícia Vaz, Marcela Páez
Iluminação: Giuliana Cerchiari
Composição Musical: Tiê Campos
Voz e Canto: Valentina Maitá
Baixo Acústico: Noa Stroeter
Percussão: Marcelo Caverna
Figurino: Julia Polý
Arte Gráfica: Estela Miazzi e Fernando Latorre 
Registro Audiovisual: Marcelo Carreño e Michel Igielka
Produção: Letícia Vaz e MUMBRA corpomóvel 
Assistência de produção:Afonso Costa

Provocadores: Lu Favoreto, Julio Groppa, Bel Teixeira e Lucas Brandão

Vídeos

Teaser divulgação 

Imagens:Michel Igielka

Edição de vídeo: Michel Igielka

Concepção da trilha sonora: Tiê Campos

Voz: Valentina Maitá

Baixo Acústico: Noa Stroeter

Percussão: Marcelo Caverna

Mini Teaser divulgação 

Imagens:Michel Igielka

Edição de vídeo: Michel Igielka

Concepção da trilha sonora: Tiê Campos

Baixo Acústico: Noa Stroeter

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